A 1ª Turma do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região (TRF1) reformou a sentença e determinou o recebimento de
pensão temporária em decorrência da morte do pai à filha. Ela recorreu ao Tribunal
afirmando que após o óbito da mãe, seria a única dependente habilitada para
receber o benefício.
Em seu recurso, alegou a
requerente que sendo filha solteira e não ocupante de cargo público efetivo tem
ela o direito de perceber a pensão por morte em decorrência do falecimento do
seu genitor, com base na Lei n. 3.373/58.
Ao analisar o processo, o
relator, desembargador federal Morais da Rocha, destacou que a pensão por morte
pode ser requerida a qualquer tempo, devendo serem observados os requisitos
previstos na legislação em vigor na data do óbito do instituidor.
Segundo o magistrado, a autora
comprovou ser filha do instituidor da pensão, com idade superior a 21 anos, bem
como sua condição de solteira e não ocupante de cargo público, “razão por que lhe
é devida a pensão temporária, nos termos do art. 5º, parágrafo único, da Lei
3.378/58”.
O magistrado, porém, fez a
seguinte observação: “em que pese a autora faça jus ao benefício desde o
requerimento administrativo formulado em 21/12/2016, em se tratando de ação
mandamental, somente serão devidas, nesta estreita via, as parcelas do
benefício computadas a partir da data da impetração, nos termos das Súmulas 269
e 271 do STF”.
Os demais desembargadores da 1ª
Turma acompanharam o voto do relator.
Processo:
1005507-21.2018.4.01.3300
Data do julgamento: 05/06/2023
ME/CB
Assessoria de Comunicação Social¿
Tribunal Regional Federal da 1ª
Região
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