TRF3 confirma pagamento de pensão especial a homem com síndrome da talidomida Para magistrados, legislação garante benefício aos nascidos a partir do início da comercialização da droga A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) manteve decisão que determinou ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) conceder pensão especial a um homem com malformação congênita causada pela síndrome da talidomida. Segundo os magistrados, foram preenchidos os requisitos necessários para a concessão do benefício instituído pela Lei nº 7.070/1982. A talidomida foi desenvolvida em 1954, na Alemanha. A partir da comercialização, em 1957, a utilização do medicamento na gravidez gerou milhares de casos de focomelia, anormalidade caracterizada pela aproximação ou encurtamento dos membros. Na ação, o autor afirmou que possui malformação congênita em membro superior, ausência de dedos esquerdos, diferenças entre os ombros e assimetria corporal em virtude de a mãe ter usado o remédio no período de gestação. Após ter o pedido de pensão negado pelo INSS, ele acionou o Judiciário. A Justiça Estadual de Auriflama/SP, em competência delegada, determinou a concessão do benefício. Após a decisão, a autarquia recorreu ao TRF3, sustentando que o autor não comprovou que as deficiências decorreram do uso da medicação. Além disso, argumentou não se enquadrar no critério cronológico. Ao analisar o caso, o relator do processo, desembargador federal Souza Ribeiro, fundamentou que a legislação brasileira assegura o direito à pensão especial aos portadores da síndrome da talidomida nascidos a partir de 1º de janeiro de 1957, quando a droga começou a ser comercializada. “Portando rechaço os argumentos trazidos pelo apelante, com base no nascimento do autor, em 5 de agosto de 1957, eis que dentro da data de garantia ao direito”, pontuou. Laudo pericial atestou que o autor é portador da síndrome de talidomida, com incapacidade total para o trabalho. “Considerando o caráter alimentar da pensão especial e que os recursos aos Tribunais Superiores não são dotados de efeito suspensivo, determino a imediata implantação do benefício”, concluiu o relator. A Sexta Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso e concedeu a pensão especial desde 6 de novembro de 2013, data do requerimento administrativo. Assessoria de Comunicação Social do TRF3 Siga a Justiça Federal da 3ª Região nas redes sociais: Foto: divulgação da Web
Para magistrados, legislação
garante benefício aos nascidos a partir do início da comercialização da droga
A Sexta Turma do Tribunal
Regional Federal da 3ª Região (TRF3) manteve decisão que determinou ao
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) conceder pensão especial a um homem
com malformação congênita causada pela síndrome da talidomida.
Segundo os magistrados, foram
preenchidos os requisitos necessários para a concessão do benefício instituído
pela Lei nº 7.070/1982.
A talidomida foi desenvolvida em
1954, na Alemanha. A partir da comercialização, em 1957, a utilização do
medicamento na gravidez gerou milhares de casos de focomelia, anormalidade
caracterizada pela aproximação ou encurtamento dos membros.
Na ação, o autor afirmou que
possui malformação congênita em membro superior, ausência de dedos esquerdos,
diferenças entre os ombros e assimetria corporal em virtude de a mãe ter usado
o remédio no período de gestação.
Após ter o pedido de pensão
negado pelo INSS, ele acionou o Judiciário. A Justiça Estadual de Auriflama/SP,
em competência delegada, determinou a concessão do benefício.
Após a decisão, a autarquia
recorreu ao TRF3, sustentando que o autor não comprovou que as deficiências
decorreram do uso da medicação. Além disso, argumentou não se enquadrar no
critério cronológico.
Ao analisar o caso, o relator do
processo, desembargador federal Souza Ribeiro, fundamentou que a legislação
brasileira assegura o direito à pensão especial aos portadores da síndrome da
talidomida nascidos a partir de 1º de janeiro de 1957, quando a droga começou a
ser comercializada.
“Portando rechaço os argumentos
trazidos pelo apelante, com base no nascimento do autor, em 5 de agosto de
1957, eis que dentro da data de garantia ao direito”, pontuou.
Laudo pericial atestou que o
autor é portador da síndrome de talidomida, com incapacidade total para o
trabalho.
“Considerando o caráter alimentar
da pensão especial e que os recursos aos Tribunais Superiores não são dotados
de efeito suspensivo, determino a imediata implantação do benefício”, concluiu
o relator.
A Sexta Turma, por unanimidade,
negou provimento ao recurso e concedeu a pensão especial desde 6 de novembro de
2013, data do requerimento administrativo.
Assessoria de Comunicação Social
do TRF3
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